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A mostrar mensagens de dezembro, 2014

UM CONTO DE NATAL

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Enroscou-se mais, como que a tentar prender o pouco calor que ainda detinha no corpo com o entrelaçar dos braços e das pernas. Felizmente não chovia, o que era sempre mais desconfortável, mas o frio cortava como um bisturi na mão de um experiente cirurgião. A noite já tinha caído. Por todo o lado a cidade inundava-se de luzes. Pessoas atarefadas, que corriam de um lado para o outro, porque era o último dia e não queriam deixar nada por fazer, não se davam conta dele. Era sempre assim durante todo o ano, porque haveria de ser diferente naquele dia só porque era Natal?   Com algum esforço ainda se conseguia recordar do Natal em família. A casa onde vivera era pobre, mas acolhedora. As necessidades constantes eram algo que não lhe tinham enchido a mente de criança, tão repleta de sonhos e fantasias. Recordava-se dos brinquedos que tivera, uns soldadinhos de plástico, um jeep ao qual faltava uma roda, entre outras coisas que via com formas incertas pelos olhos da memória.   Agora e